Em um mundo onde a sociedade ainda tem muito preconceito, é super importante ter um dia que dê visibilidade às causas LGBTTT’s, e hoje, dia 17 de maio de 2017, é o dia da luta internacional contra a homofobia.
Segundo dados de 2016, levantados pelo GGB (Grupo Gay da Bahia) a cada 25 horas, uma pessoa morre por motivos homofóbicos no Brasil. No levantamento feito, foram registradas 353 mortes no país, sendo a Bahia o estado que teve mais mortes, 32. O grupo aponta ainda que até janeiro deste ano a homofobia já matou 23 pessoas.
É importante ressaltar que os casos citados acima são os que são registrados, pois infelizmente, no Brasil, quando se fala de homicídio com preceitos homofóbicos há uma grande negligência por parte dos órgãos públicos. Não são feitos levantamentos oficiais e por muitas vezes é notória a contradição entre polícia civil e ministério público ao investigar tais mortes. Como foi o caso de Itaberli Lozano, que foi assassinado pela mãe, e nas investigações pela polícia civil, o caso é tratado como ato homofóbico, já pelo ministério público é tratado como divergência familiar. Esse tipo de minimização do que realmente foi ocorrido, acaba diminuindo a visibilidade da causa e, consequentemente, causando mais desinformação por parte da população.
Os dados são alarmantes e indicam o quanto o Brasil precisa incentivar campanhas contra a homofobia. Não que não haja campanhas, mas a maioria das existentes têm sua origem em iniciativas privadas e muitas vezes acontecem somente na internet. O canal do youtube, Põe na Roda, é uma dessas iniciativas, e os donos trabalham ativamente no canal para trazer conteúdos relevantes a todo tipo de público. Um de seus vídeos mais famosos é o “Não é porque ser … que eu sou”, esse vídeo teve muitos compartilhamentos e visava quebrar os estereótipos dentro do próprio meio LBTTT’s.
Outra iniciativa muito bacana é a república e centro social “Casa1”, o lugar foi concebido através de uma vaquinha online que arrecadou cerca de 112 mil reais. A república abriga LGBTTT’s expulsos de casa e além da estrutura física, oferece apoio psicológico e promove cursos para que os moradores consigam um emprego. Os moradores são de vários estados do país e se encontram lá por diversos motivos, muitos deles sofreram agressão e ameaça de morte antes de chegar ao local. Atualmente a casa tem capacidade para 20 pessoas e está situada no bairro Bela Vista, em São Paulo. Os idealizadores almejam construir mais locais como estes e estão sempre recebendo doações.
A LBGTfobia está iminente e cabe a toda sociedade se informar mais e procurar lutar para diminuir esses dados que são alarmantes. Para essa luta não existe distinção de orientação sexual, somos todos iguais, somos todos pessoas e nós podemos sim vencer essa guerra. #diganãoahomofobia.
Gostou dos assuntos citados? Confira aqui algumas dicas para ajudar e se informar mais:
Contribua para o projeto Casa 1
Põe na roda
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Texto: Sabrina Lamounier
Imagem: Agência Junior
Fontes: O Globo
Fontes: O Globo
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